A África do Sul tem conquistado um lugar de muita importância no cenário mundial e, principalmente, no continente africano. Como conseqüência de uma economia de mercado desenvolvida, a África do Sul é dona de, aproximadamente, 25% do PIB do continente inteiro. Os setores econômicos que mais se destacam são os de indústria, mineração, turismo, e finanças. O país também tem recebido grande volume de investimentos de capitais internacionais, que contribuem para o seu crescimento. A realização da Copa do Mundo 2010 na África do Sul também é motivo de crescimento econômico do país, uma vez que, ao sediar um evento de tal importância, os setores de construção e infra-estrutura são imprescindíveis. O que muita gente não sabe é que a África do Sul, apesar de ser o país mais à frente do seu continente, tinha uma estrutura social, econômica e política de Apartheid até o fim do século passado. Este regime negava aos negros os direitos políticos, sociais e econômicos. Desta forma, o governo era controlado pelos brancos de origem européia, que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais. O sistema Apartheid vigorou até a década de 90, quando, finalmente, o presidente sul-africano conseguiu colocar fim ao Apartheid. Em 1994, Nelson Mandela (preso em 1964 por lutar contra o Apartheid) tornou-se o primeiro presidente negro do país, principalmente porque esta foi a primeira eleição multirracional em que os negros participaram, graças aos direitos políticos, antes negados pelo regime de segregação. Apesar de uma visão, até então, ultrapassada, o país conquistou seu lugar por disponibilizar de recursos naturais que facilitam a implantação de atividades que conectam a África do Sul globalmente. A globalização do país pode ser explicitada, principalmente, pela existência de uma cidade global: Johanesburgo, uma das maiores áreas metropolitanas do mundo. A proximidade de cadeias de colinas ricas em minerais, neste caso, é um dos recursos que fizeram com que Johanesburgo se tornasse centro de ouro e diamante em larga-escala, movimentando a atividade mineradora. As savanas africanas são causas determinantes para o turismo no país, uma vez que trazem para a África do Sul grande número de turistas. E, muitos outros recursos predisponibilizam a implantação de indústrias, como, por exemplo, o país possui mais de dez línguas oficiais, produção de energia, mão-de-obra e etc.
A Copa do Mundo está sendo crucial para o processo de globalização da África do Sul. Além de atrair a atenção e, conseqüentemente, investimentos do mundo inteiro de uma só vez, trouxe uma salvaguarda contra a recessão global e produziu um impulso de crescimento. Pois, houve uma necessidade de melhorar a infra-estrutura de transporte, alimentos, energia, dentre outros. O que ajudará, mais uma vez, a implantação de indústrias. Por isso, a África do Sul "correu" tanto para alcançar os quesitos básicos necessários para sediar a Copa do Mundo, investindo em estádios que seguem as regras da FIFA (sem arquibancadas, somente poltronas em que os espectadores têm uma boa visão do gramado, arenas com restaurantes e estacionamento próprio); transporte público ligando os estádios as principais cidades do país; segurança para controlar quem entra nos estádios e quem circula pelo país; estadia e centro de treinamento para os times, hotéis e rotas aéreas suficientes para receber cerca de 1 milhão de visitante estimados em uma Copa Mundial. Desta forma, a África do Sul gastou cerca de 30 bilhões de rands (2 bilhões e 6 milhões de euros) nos 10 estádios da Copa, em construção, reforma e infra-estrutura.
Agora, a África do Sul só precisa ter capacidade para usufruir destes benefícios intangíveis e imensuráveis para decolar de vez na globalização.
Grupo: Cassio Dias, 08 / Bruna Barbara, 06 / Guilherme Lages, 20 / Higor Augusto, 22 / Juliana Cristina, 26 / Lorena Reis, 34 / Patricia Barbosa, 42
Bibliografia : www.copanaafrica2010.com
www.copacabanarunners.net